A análise competitiva é uma das estratégias mais importantes para quem trabalha com comunicação corporativa e erros na análise de concorrentes pode acontecer. Com ela, é possível antecipar movimentos do mercado, encontrar oportunidades de posicionamento e gerar valor estratégico para a marca.
Mas, apesar de sua relevância, é comum que a estratégia seja executada de forma equivocada ou superficial, comprometendo sua efetividade e gerando, erroneamente, a sensação de não dar certo.
Neste artigo, vamos apresentar os principais erros na análise de concorrentes cometidos por analistas de comunicação – e como evitá-los para que sua análise seja realmente estratégica, acionável e relevante para o planejamento da empresa.
Erro nº 1. Não definir um objetivo claro para a análise
Um dos erros mais comuns é iniciar a análise de concorrentes sem ter clareza sobre o que se deseja descobrir. Monitorar concorrentes sem um foco definido pode gerar um volume alto de dados, mas com pouco valor para tomada de decisão.
Como evitar:
Comece respondendo perguntas como:
- “Quero entender o posicionamento da marca concorrente?”;
- “Quais canais ela mais utiliza? Dá certo para eles?”;
- “Quais tênues de reputação ou crise ela enfrenta?;
- “Quero me comparar em share of voice ou qualidade das menções?”;
- “Quero entender como é o atendimento deles?”;
- “Quero explorar as propostas de valor por produto?”
O direcionamento correto evita desperdício de tempo e recursos, então, gaste uma boa energia nessa primeira fase do projeto.
Erro nº 2. Escolher concorrentes de forma genérica
Outro erro recorrente é listar todos os concorrentes do setor sem critério. Isso pode tornar a análise superficial e sem foco.
Como evitar: segmente os concorrentes com base em objetivos estratégicos. Por exemplo: marcas com o mesmo público-alvo, concorrentes diretos em reputação, concorrentes indiretos, empresas que disputam o mesmo território de marca, entre outros. No guia completo sobre análise da concorrência, explicamos os principais métodos utilizados e ferramentas que podem lhe ajudar.
Erro nº 3. Monitorar apenas redes sociais
Embora as redes sociais sejam canais importantes, muitas análises se limitam ao que é postado nesses ambientes, ignorando canais fundamentais como imprensa, sites institucionais, blogs e iniciativas offline.
Como evitar: diversifique suas fontes. Inclua notícias, menções em veículos de comunicação, participações em eventos, newsletters, podcasts, entre outros. Usar uma plataforma como a Knewin Monitoring ajuda a integrar esses dados em um único painel, otimizando sua análise.
Erro nº 4. Coletar dados sem contextualizar
Não basta saber que um concorrente teve mais menções ou seguidores. Sem contexto, os números podem iludir. Por exemplo: um pico de menções pode estar ligado a uma crise, e não a um bom posicionamento.
Como evitar: contextualize os dados com sentimento (positivo, negativo ou neutro), canal de veiculação, impacto da audiência e alinhamento com a estratégia da marca. Busque entender o “por quê” por trás de cada métrica.
Erro nº 5. Usar métricas de vaidade
Curtidas, seguidores ou número bruto de menções podem parecer importantes, mas não indicam, sozinhos, um bom desempenho de marca.
Como evitar: combine diferentes indicadores: share of voice, qualidade das menções, canais estratégicos conquistados, impressões relevantes, taxa de engajamento e sentimento geral. Entenda como aplicar esses conceitos no nosso artigo Como fazer análise da concorrência: 4 passos práticos.
Erro nº 6. Ignorar o benchmarking
A análise da concorrência é essencial para entender o presente. O benchmarking é o que te ajuda a traçar caminhos para evoluir a partir da comparação com boas práticas do mercado.
Como evitar: adote o benchmarking como complemento da análise da concorrência. Ele permite entender processos, formatos de campanhas, abordagens de comunicação e ferramentas adotadas por outros players. Descubra como combinar essas abordagens neste artigo sobre melhoria contínua com benchmarking e análise da concorrência.
E, se você ficou em dúvida sobre a diferença entre análise da concorrência e benchmarking, descubra mais aqui.
Erro nº 7. Desconsiderar a análise em tempo real
Esperar o fechamento do mês para fazer a análise pode deixar sua marca para trás em relação a crises ou oportunidades.
Como evitar: adote um modelo de análise contínua. O monitoramento em tempo real permite agir com mais agilidade, identificar riscos emergentes e aproveitar tendências de forma proativa.
Erro nº 8. Deixar os dados parados no relatório
De nada adianta fazer uma análise detalhada se o material não chega a quem decide ou se não gera mudança de estratégia.
Como evitar: estruture seus relatórios com foco na tomada de decisão. Destaque insights e oportunidades. Apresente sugestões com base nos dados analisados. Use linguagem acessível para os stakeholders. A análise precisa estar conectada à ação.
Erro nº 9. Não usar ferramentas adequadas
Fazer uma boa análise da concorrência de forma manual é uma tarefa onerosa. O volume de dados é alto e a margem para erros também.
Como evitar: invista em ferramentas profissionais. Elas ajudam a integrar diferentes fontes, automatizar a coleta e gerar relatórios visuais e comparativos. No artigo sobre ferramentas para analisar concorrentes, mostramos soluções que podem transformar sua rotina de análise.
Erro nº 10. Ignorar o potencial estratégico da análise
Reduzir a análise da concorrência a um simples relatório mensal é desperdiçar seu verdadeiro valor estratégico.
Como evitar: integre esse tipo de análise ao planejamento de comunicação, ao posicionamento institucional, à estratégia de marca e até à prevenção de crises. Use os aprendizados para orientar decisões e fortalecer a reputação da empresa.
Evitar esses erros na análise de concorrentes é o primeiro passo para transformar sua área de comunicação em uma fonte de inteligência estratégica para o negócio. Quando bem feita, a análise contribui com insights para posicionamento, gestão de reputação, prevenção de crises e aprimoramento constante da comunicação.
Se você quer continuar se aprofundando nesse tema, confira o artigo completo sobre análise da concorrência e assine a newsletter da Knewin para receber conteúdos estratégicos diretamente no seu e-mail.
Perguntas Frequentes sobre Análise da Concorrência
Quais os principais erros na análise da concorrência?
Entre os mais comuns estão: não ter objetivos claros, escolher concorrentes genéricos, usar apenas redes sociais como fonte, se apoiar em métricas de vaidade e não gerar insights relevantes para o negócio.
Com que frequência devo analisar meus concorrentes?
Depende do seu mercado, mas análises mensais ou em tempo real são ideais para acompanhar mudanças e antecipar movimentos.
Quais ferramentas ajudam na análise da concorrência?
Plataformas como Knewin Monitoring, SEMrush e a biblioteca de anúncios do Meta são ótimos pontos de partida.
Benchmarking e análise da concorrência são a mesma coisa?
Não. O benchmarking busca aprender com os melhores, dentro ou fora do setor. Já a análise da concorrência compara diretamente sua marca com competidores diretos.
Posso fazer tudo isso manualmente?
Até pode, mas o tempo gasto e a chance de erros são altos. O ideal é contar com ferramentas que otimizem esse trabalho e garantam mais precisão nos dados.