A reinvenção das relações públicas na era da inteligência artificial

Firefly_uma profissional de relações públicas em seu escritório sentada a mesa - relações públicas e inteligência artificial

A comunicação corporativa está em um ponto de virada. Nunca se falou tanto sobre reputação, propósito e influência e nunca estivemos tão pressionados a entregar mais com menos, em menos tempo e com mais impacto. Nesse cenário de transformações aceleradas, as relações públicas e a inteligência artificial se encontram como aliadas. Ou pelo menos deveriam.

Essa foi a ideia central da palestra “A reinvenção das relações públicas na era da inteligência artificial”, apresentada por Guga Peccicacco, Gerente de Comunicação e RP da Infor Latam e referência em PR estratégico, durante o evento “Tendências da IA | Novos rumos para a comunicação corporativa e reputacional”.

Neste conteúdo, vamos explorar os principais insights da palestra de Guga, e mostrar como a inteligência artificial está transformando o papel do profissional de RP, quais as novas competências exigidas e por que é hora de deixar o operacional de lado para assumir o protagonismo estratégico da reputação.

A reinvenção do RP: de assessor a estrategista

Guga começou seu painel com uma provocação certeira: a inteligência artificial ajuda a sermos mais criativos ou nos torna dependentes de respostas prontas?

A resposta não está na tecnologia em si, mas em como a utilizamos. A IA é, ao mesmo tempo, um recurso poderoso de segmentação, contextualização e antecipação de movimentos de mercado, e um risco real se usada sem critério, sem sensibilidade e sem estratégia.

A mensagem é clara: a IA não substitui o RP, mas exige um novo tipo de RP. Um profissional que domina dados, compreende os contextos de mercado, influencia decisões e sabe operar com ferramentas de inteligência artificial de forma crítica, e não automática.

Veja mais em: Como a tecnologia impulsiona o trabalho do Profissional de RP

A reputação não cabe em planilhas

Um dos pontos centrais da palestra é a crítica ao modelo ultrapassado de mensuração de resultados. Ainda há quem trate relações públicas como um serviço de apoio, medindo sucesso com planilhas de valoração de mídia.

Esse modelo ignora que reputação é um ativo intangível, construído no longo prazo. Não se resume a clipping, nem se traduz em KPIs rasos. A construção de reputação exige estratégia, gestão contínua de comunidades relevantes e profunda conexão com os objetivos de negócio da empresa.

O novo profissional de RP precisa ir além da mídia espontânea. Ele entende canais, timing, intencionalidade e é capaz de orquestrar influências com foco claro em impacto e valor para o negócio.

Inteligência artificial como aliada da sensibilidade

Um dos maiores mitos em torno da inteligência artificial é que ela substituirá completamente o julgamento humano. Guga reforça que o uso da IA na comunicação é para acelerar a inteligência, e não eliminar a sensibilidade.

A IA pode, sim, ajudar a segmentar públicos, contextualizar mensagens, prever tendências e minerar dados. Mas cabe ao profissional de RP dar sentido a esses dados, construir narrativas, conectar informações com o propósito da marca e gerar confiança.

A IA é a bússola. Mas quem guia a jornada ainda somos nós.

O novo RP: curioso, conectado, analítico

Na visão de Guga Peccicacco, o novo RP precisa ser:

  • Curioso, para investigar além do óbvio.
  • Conectado, para entender os movimentos do mercado e da sociedade.
  • Analítico, para transformar dados em decisões e histórias.

É também um profissional que não apenas distribui mensagens, mas orquestra influências. Entende como a reputação impacta diretamente a performance comercial, e por isso, se posiciona como parceiro estratégico das áreas de negócios.

Essa mudança de postura é urgente. Continuar operando como um intermediário entre a empresa e a imprensa é se tornar irrelevante. O profissional de RP do futuro (e já do presente) é aquele que assume seu lugar na mesa de decisão. 

Relações públicas e inteligência artificial: uma nova mentalidade

Mais do que novas ferramentas, o que a era da inteligência artificial exige é uma nova mentalidade nas relações públicas. Uma mentalidade que coloca o RP como gestor de reputação, orquestrador de influência, parceiro de negócio e especialista em contexto.

Relações públicas e inteligência artificial não são forças opostas. São partes complementares de uma comunicação mais inteligente, estratégica e eficaz.

Para os profissionais que atuam em comunicação corporativa, o recado é claro: não se trata de abraçar a tecnologia por modismo, mas de reinventar o papel da área na organização. Ser relevante não é uma questão de volume de entregas, mas de impacto nos resultados e nas percepções.

Conclusão

A reinvenção das relações públicas não é opcional. Já está acontecendo. E quem não se adaptar, corre o risco de se tornar invisível, mesmo em meio ao ruído de conteúdo que a IA nos ajudará a produzir.

O convite de Guga Peccicacco não é apenas para usar ferramentas novas, mas para reinventar como  nos relacionamos com a reputação, com os dados, com os públicos e com o propósito da comunicação.

Se você continua operando com KPIs antigos, metas de mídia espontânea e processos desconectados do negócio, é hora de repensar. Relações públicas e inteligência artificial são, juntas, a chave para um novo ciclo de influência: mais inteligente, mais estratégico e mais humano.

Assista ao webinar na íntegra em: 

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