Menções ao termo “fake news” crescem 96% na imprensa nacional

O termo fake news tem dominado as manchetes e até foi nomeado como a “palavra do ano” pelo dicionário em inglês da editora britânica Collins, em 2017. Segundo o estudo Iceberg Digital, da companhia de cibersegurança Kaspersky, divulgado em fevereiro de 2020, 70% dos latino-americanos não sabem (ou não conseguem) identificar se uma notícia na internet é falsa ou verdadeira. No Brasil, esse número chega a 62%.

Além disso, a maioria dos entrevistados (98%) acredita que as notícias falsas são perigosas e, eventualmente, danosas, sendo que 72% acham que elas viralizam porque alguém vai lucrar ou quer prejudicar algo ou outra pessoa.

Considerando esse cenário, a Knewin fez um estudo entre janeiro de 2017 e janeiro de 2020 sobre a quantidade de menções ao termo “fake news” na mídia brasileira. 

A ascensão do termo fake news na mídia brasileira

Para fazer esse estudo, a Knewin utilizou a plataforma Knewin News para monitorar, de forma segmentada, matérias que mencionassem o termo fake news de 2017 a 2020.

Ao todo , foram encontradas mais de 540 mil matérias em português e de veículos brasileiros com o termo “fake news”.

A quantidade mensal aumentou gradualmente.

Entre 2017 e 2020, o auge do uso da expressão aconteceu durante as eleições presidenciais. Editoria de política foi uma das que mais mencionou o termo durante os três anos analisados.

No primeiro mês pesquisado, janeiro de 2017, a expressão acumulava somente 676 notícias, subindo para oito mil menções em dezembro do mesmo ano.

A média anual de 2017 foi de 2600 matérias, enquanto em 2018 o número passou para mais de 21 mil menções por mês, devido às eleições presidenciais. Em 2019, a média continuou alta, com mais de 19 mil notícias por mês. 

2020 começou mantendo a tendência de aumento: 21.590 menções em janeiro, em comparação às 14 mil do mesmo mês no ano passado, quase 12 mil em 2018 e menos de mil em 2017.

Temas de interesse

Para entender as menções ao termo “fake news” na mídia brasileira, a Knewin fez um estudo para os picos de matérias de 2017 a 2020: dezembro de 2017, outubro de 2018 e abril de 2019.

O termo começou a ter mais repercussão em dezembro de 2017, com temas como Wikileaks e eleições presidenciais dos Estados Unidos, resultando em mais de oito mil matérias no mês.

A CPI das Fake News, em abril de 2019, e as reformas trabalhista e da previdência foram motivos de pico das menções à expressão no ano passado, somando 25 mil notícias.

A soma dos 37 meses analisados totaliza mais de meio milhão de notícias na imprensa nacional, tendo um pico em outubro de 2018, devido às eleições presidenciais, com mais de 75 mil matérias publicadas durante o mês. 

Sobre a Knewin

Fundada em Florianópolis em 2011, a Knewin tem como missão democratizar o acesso à informação a partir de tecnologia de ponta. A maior empresa de PR Tech da América Latina é responsável por desenvolver soluções de monitoramento de notícias e de redes sociais para cerca de mil clientes de vários segmentos, incluindo comunicação e marketing, em quatro países. A Knewin tem uma estratégia de crescimento consistente e já fez nove aquisições desde 2016 (Informa Brasil, Zubit, Oficina de Clipping, Myclipp, DataClip, Editorial Link, Varjão Clipping, Monitori e MITI), que ajudaram na construção de um portfólio ainda mais robusto.